20 de fev. de 2011

Fala Tracer! - 01




Como divulgamos há algum tempo aqui no site da PKSSA, estamos abertos a publicações de tracers que se interessem por escrever sobre parkour. Pois bem, dessa forma abrimos a sessão “Fala Tracer!” com um texto do Rafael Santiago, o Ruda daqui de Salvador, pensando um pouco sobre um problema constante nos nossos treinos seja conscientemente ou não: O Medo.

Fala Tracer!


O medo no Parkour pode ser visto como um bicho de sete cabeças para alguns iniciantes, no momento junto a ele é comum surgir algumas perguntas como: Será que vou conseguir? E se eu cair? E assim por diante... Algumas pessoas sentem mais medo do que outras, ou tem mais dificuldades para lidar com ele. Em algum momento imaginou quantas possibilidades você tem para enfrentá-lo? E como os Tracers lidam com o medo?

Primeiramente, devemos ter em mente que o medo em si não é algo ruim, o medo pode nos proteger de muitos incidentes. Estamos falando de um alarme de perigos que indica os riscos envolvidos enquanto praticamos.

Em uma precisão em altura, por exemplo, mesmo sabendo que somos capazes, às vezes o medo é saudável, pois ele nos impede que subestimemos o obstáculo e nos permite refletir sobre os riscos. Segundo Larissa Fernandes1, o medo é algo que nunca pode ser deixado de lado em hipótese alguma, é o medo que nos mantêm alertas para evitarmos qualquer tipo de acidente.

No entanto, fora de controle, o medo se torna uma barreira, que nos impede de seguir adiante. Felipe Matos² afirma que um obstáculo simples se transforma em uma grande altura devido ao medo da queda, independente de qual seja a origem do medo.

Exatamente nesse momento que o medo se torna um dilema para os iniciantes, as experiências são praticamente novas, sem referências.

Mas, independente de qual seja o seu medo na hora, é sempre bom averiguar o local de treino, pois, além de evitar um acidente essa atitude o deixará mais seguro quando for executar o
movimento.

Cada um tem seu próprio modo de lidar com o medo, logo, existem várias formas de manipulá-lo. Aqui você poderá encontrar algumas opiniões diferentes de como lidar com esse “vilão” (porém não posso garantir que lendo esse post você irá obter +5 em coragem).

Comecei entrevistando o Fallux Calliber³ e logo de cara encontrei uma forma diferenciada de lidar com o medo... Desconstruí-lo psicologicamente! Talvez você ache estranho no começo, até porque eu achei estranho, mas confesso que é uma forma bem lógica de enfrentar o medo... “
eu desconstruo o medo. Primeiro, eu tenho que ter consciência se sou capaz ou não de fazer... Depois eu entendo que o maior medo é de uma experiência nova. Você - seu corpo - se sente desconfortável por estar desconcertado em relação ao obstáculo... Faça coisas que te deixem inconscientemente confortável... Divida o movimento, cometa erros seguros, controle seus movimentos, pense pouco e sinta muito. derrotar o medo é algo sensorial e não racional. você não pensa 'MORRA MEDO Ahhhhhhhh'”.

Voltando um pouco para o mundo físico/literal, você pode graduar o movimento, como o Jean “G1”4 de São Paulo por exemplo: uma precisão de 5 metros você vai começaria de 1 metro, depois pra uma de 1,5 e assim por diante. Um processo um pouco similar ao de Fred (Getexis)5: “eu separo o medo pelos níveis dos obstáculos,
onde minha consciência está bem boa, então sei meu limite. Quando vejo que existe o “talvez”, eu faço vários testes: testes de erros, testes de distância, testes de aderência, testes de alturas, até pegar segurança... isso normalmente funciona”.

Mas o que eu mais percebi nas entrevistas é que boa parte dos entrevistados citaram a autoconfiança como principal arma para combater o medo... “[penso] que vou conseguir... no que meu corpo é capaz de fazer.” - Leo Caires6.

Espero que esse breve “estudo sobre como enfrentar o medo” possa ajudar você (iniciante ou veterano) a lidar melhor com o bicho papão do Parkour.
Só lembrando: Esse texto não visa oferecer uma “fórmula secreta” para superar e/ou combater o
medo. É apenas mais uma forma de olhar para o medo. Afinal, pode ser que ele não seja um vilão e sim um interessante companheiro de jornada.
Bons treinos e até uma próxima.



Pois é galera, esse foi o nosso primeiro “Fala Tracer!” com a contribuição do Rafael Santiago.  Se você quiser ver o seu texto publicado aqui é só mandar um email para: contato@parkoursalvador.com.br

Estamos te esperando e até a próxima. 



1 Larissa Fernandes, traceuse atuante na PKSSA.
2 Felipe Matos, conhecido como Negão, tracer,  estudante de Educação Física e membro da PKSSA.
3 Fallux Calliber, tracer, estudante de Educação Física, preparador corporal e membro da PKSSA.
4 Jean Wainer, conhecido como G1, ex presidente da ABPK.
5 Victor Rubens, conhecido como Fred, membro organizador da PKSSA.
6 Leonardo Caires Viana, tracer membro da ASPK.


10 de fev. de 2011

Concurso Faça a Arte do Baiano


Querendo mobilizar mais pessoas para contribuir para o 5º Encontro Baiano de Parkour e também estimular a interação entre os praticantes e a cena do Parkour Baiano, decidimos que no encontro desse ano os praticantes podem criar e sugerir a arte gráfica do encontro. Isso quer dizer criar a logomarca do evento, que será impressa nas camisas, nos cartazes e nos panfletos...

Pois é, se você é desenhista, designer ou simplesmente se acha competente, chegou a sua vez.
Esse ano a arte gráfica do EBAPK5 vai ser escolhida através de um concurso, que ocorrerá da seguinte forma:


1.       Você manda a sua proposta de arte (um esboço) até o dia 28 de fevereiro para     contato@parkoursalvador.com.br. 

2.       Se a sua proposta for selecionada, você será classificado como finalista.

3.      Dessa forma, você estará selecionado para a última fase do concurso e receberá o prazo para o envio da arte finalizada.


Então, não perca mais tempo e mãos à obra.

Obs.: Como o 5º Encontro Baiano de Parkour não possui fins lucrativos, não existe uma premiação em dinheiro. O vencedor será contemplado com a divulgação do seu trabalho em toda mídia que veicular o evento. 
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