Essa postagem realata um pouco de minha viagem à São Paulo participar da Virada Esportiva.
Sem muitas delongas, expanda o tópico e confira!
Esperto que curtam!
Nem parecia que estava prestes a viajar, mal tinha
arrumado as coisas e o horário do voo já estava próximo. Depois de uma checagem rápida nas malas, roupas e
passagens ainda consigo sair em uma boa hora...
Chego
ainda cedo lá, aproveito pra passar o tempo lendo um pouco, afinal a noite
ainda seria longa.
Meu voo infelizmente tinha escala em Brasília e por isso tive que
esperar pouco mais de 2 hrs no aeroporto de lá até pegar o avião q ia pra sp. Engraçado que quando
cheguei em bsb a parte de embarque que logo me deparei estava completamente
lotada, era uma área circular com gente pra todo lado. Depois dessa 1° vista,
aliviei-me em saber que meu embarque era em outra seção que, ao contrário da
outra, estava bem vazia e tranquila. Enfim, entre lidas e ócios, finalmente embarco no avião rumo à
sampa! Já eram cerca de 22:30 h.
Um probleminha que me passou pela cabeça era que ainda não tinha dormido nada, o que já ia me deixando um pouco preocupado. Pois bem, depois de dormir um pouco durante a
viagem, finalmente aterrisso -1° mission completed – já estava em terreno
paulista, aeroporto de Guarulhos!
Antes de viajar, já sabia q ia
chegar bem tarde, então já me preparava psicologicamente pra achar um
lugarzinho no aeroporto e finalmente poder dormir. Doce ilusão, acabei
alternando minha madrugada entre cochilos, leituras e esfihas de ricota.
Finalmente, enfim, já ia dar 6 horas da manhã e já estava demais ansioso. Tinha combinado com o DK de Guarulhos que ele ia me ajudar a chegar ao evento. Tentei até ligar pra ele, mas não consegui. Resolvi esperar mais e procurar por rastros de tracers. Em certo momento vi um cara com uma camisa que parecia uma pessoa pulando – “pronto, ali deve ser tracer”, pensei. Comecei a perseguir o cara em busca de mais pistas. No fim, frustrado, descobri que era apenas uma camisa de ed. física de alguma faculdade. Cheguei até a ligar para tartaruga, que já estava em sp, e acordá-lo p pedir ajuda :x. Pois é, sem dk por perto, resolvi #leparti mesmo assim.
Em frente à saída, só precisava pegar o ônibus Tatuapé e depois um
metrô até Anhangabaú. Foi até bem rápido e tranquilo, logo estava na estação de
metrô. Pedi algumas informações e desci pra esperar.
Eita que é um bicho grande viu, até então nunca havia andado de metrô.
É meio estranho, fica aquele silêncio, só o barulho dos trilhos, junto com muita
gente diversa.
Vale do Anhangabaú O Evento ocorreu pela parte central |
A estrutura de transportes lá me pareceu bastante organizada, tem
linhas de ônibus, trem, metrô, ônibus elétrico, etc. Tem tarifa integrada na
capital em si e até intermunicipal.
Não demorou muito logo o fone anunciou a estação de Anhangabaú. Quando saí, subi as escadas, fiquei meio perdido por uns instantes, mas segui meus instintos (leia-se, segui um grupo de jovens) e consegui avistar o local do evento. Agora sim, acho que só nesse momento comecei a me dar conta de onde estava: vários prédios enormes e um pouco antigos, aquele friozinho de sp. Daí já dava pra ouvir a música, via poucas pessoas, alguns skatistas, as várias áreas de esportes, aquele clima...E o sangue começou a fervilhar, a música empolgante, mal começou o dia e já tava na “bruxa” pra treinar.
Aproximei-me do espaço de Parkour e logo reconheci o PC do rio. Depois
de uma semana que não nos víamos, um abraço matou de leve a saudade. Logo
depois conheci o Lucas e Cássio – ambos de Curitiba (mais tarde eles iriam
guiar as oficinas) - e o Jeff de sp mesmo, um pessoal muito bacana. Depois de
um rápido lanche por perto, já parti pra treinar de leve e testar como estavam
as estruturas.
O dia passava e cada vez mais pessoas chegavam. Logo me encontrei com
o Jean, Anderson e mais um pessoal da cidade. Depois chegaram Tartaruga, Ísis,
Kinesis e, mais tarde, Negão! Há muito tempo que não o via e, de repente,
ele surgiu do meu lado, com aquele jeito descontraído e bem-humorado dele.
Além de passar a manhã dançando e coreografando com o PC, outra experiência
interessante nesse dia foi o pessoal se juntar pra entrar num jogo um pouco
estranho que acontecia do lado do Parkour: o Bossaball
Uma mistura de vôlei, ginástica, acrobaciasFreeRunning? Pois é, é com se fosse
jogar vôlei/futvôlei em uma “quadra inflável” com trampolins.
Enfim, foi bem divertido brincar com a galera e aproveitar pra girar no trampolim.
Uma mistura de vôlei, ginástica, acrobacias
Enfim, foi bem divertido brincar com a galera e aproveitar pra girar no trampolim.
Galera do pk estrando no BossaBall 'esporte criado por um belga que se apaixonou pelo brasil.'..mimimi >.< Fonte:globo.com |
Obs: esse jogo me traumatizou, de tanto o locutor repetir as
informações do jogo acho que nunca mais esquecerei - afe maria, vuh. u.u
Depois também me reencontrei com a “caipirinha” Audrey e a Bruna que
estavam presentes no ebapk.
No mais, o resto do dia correu com muito treino, algumas oficinas,
clima bem legal. Os momentos que mais treinei foram pela manhã do sábado mesmo.
Caramba, quase me esqueço de um dos marcos da Virada. Eu ainda não
conhecia, mas já tinha ouvido falar. É sobre um “coroa” que desde a manhã
demonstra suas habilidades na barra: faz umas barras(chin-up), dá uns giros e depois faz
algumas variações – posições que não sei os nomes, mas que aparentam uma parada
de mão sobre a barra. A todo momento ele ia lá e repetia os movimentos – o dia
todo! Engraçado era ver a câmeras e entrevistadores virem falar com ele. O cara
já virou lenda.
Outra coisa que me chamou atenção foi a “grande” quantidade de
mulheres no evento. Poucas vezes tinha visto tantas treinando junto, e tinham um nível muito bom - era
cada monstrinha lá o.o
Fiquei impressionado também com o público em geral que treina pela região de
sp, gente do ABC, americana, campinas, guarulhos, e outras cidades próximas.
Devia ter uma circulação de 130 pessoas pela área, nos horário “de pico”.
Também foi legal conhecer uma galera que só se vê pela internet.
Eu - Chamel - Filipe - Tartaruga |
Teve um momento que eu, PC, Bruna, Audrey e seu filho, Tartaruga e Ísis saímos pra treinar em um pico próximo. Não lembro o nome (acho que é
algo como a Fonte o.o), mas é um largo com um Obelisco no meio, bem legal pra
treinar climbs e flows. Apesar de um pouco sujo e pela possibilidade de você
cair de precisão em um mendigo, com cuidado é bem legal de treinar lá.
Ao chegar da noite, eu já tava meio parado, aí rolou uma oficina com
percurso em quadrupedal pelas estruturas que deu uma boa aquecida no corpo de
novo.
Como a área do Parkour só era até às 20 hrs, depois de tomar açaí e
comer um pouco, o pessoal se juntou para treinar em um pico próximo: a praça da
14 bis. Depois de uma boa palhetada, com muita zuação pelo caminho, chegamos ao
local. É uma praça situada abaixo de um viaduto, tem umas bancadas com variados
desníveis que dá pra treinar precisões, passadas e alguns cat’s.
Bom, ressalta-se
que desde que escureceu tava um frio do inferno! São Paulo é muito fria à
noite, tava muito angustiado. Além do frio, já tava muito cansado, não dormi
quase nada desde que sai de casa, então nem treinei na praça. Em poucos
momentos lembro-me de ter dormido, só lembro-me de acordar! De repente, alguém
me acordava. Era um estado de vigília-sono bem estranho. Dormi sentado, depois
me aconcheguei nas mochilas. Acordado abruptamente, avisaram-me que tínhamos
que subir mais algumas ruas até chegar na av. paulista.
Uma coisa que me chamou a atenção foram algumas 'subculturas urbanas' que rodavam
pelas ruas, grupos de 'metal core', skatistas, etc. Na av. paulista tinha muitos
skatistas, ultrapassavam 100 facilmente, e já era mais de meia-noite.
Daí em diante, dirigimo-nos para
perto do MASP(museu de arte). Praticamente não houve treino depois da 14 bis,
estávamos reunidos perto de um bar – apenas passando o tempo. Eu e mais alguns,
congelando de frio, aproveitamos umas barraquinhas que tinham por perto pra
tentar dormir. Esse foi um dos pontos mais marcantes: cochilar, no maior frio,
pelas calçadas da av. paulista – realmente, memorável.
MASP |
Avenida Paulista |
Devia ser pouco mais de 3 da manhã quando voltamos pra Anhangabaú. E a
batalha pra achar um local pra descansar continuava, acabamos nos infiltrando
em uma tenda do evento e dormimos lá mesmo.
No domingo, não treinei muito, mas o que
marcou esse dia foi depois do almoço. Eu, tartaruga, Ísis, kinesis e DK
passamos um bom tempo discutindo alguns conceitos sobre Parkour, Freerunning,
flow, improviso, treinos e outros assuntos. As ideias e argumentos eram bem fundamentados, muitos exemplos e comparações. Em tom ao mesmo tempo sério e leve, a discussão era empolgante e fluía bem, senti que todos saíram com algo positivo a partir dela. Cresci muito com essa
discussão.
Pelo resto da tarde, o máximo que treinei foram sequências de
precisões em uma área próxima, o cansaço já me dominava, mal conseguia subir em
uma barra mais. Quando o horário de término começou a chegar (16 h), começaram
algumas despedidas, e uma galera resolveu seguir pra treinar naquele pico do
obelisco. Segui junto com eles e treinei de leve com o pessoal da Parkour
Brazil Team e mais alguns que estavam juntos. Gostei muito do clima do treino,
a maioria treinava de modo animado e descontraído, uns ajudando os outros.
Por fim, comecei a me despedir e preparar as coisas pra sair. Antes de
ir para o aeroporto combinei com DK de passar na casa dele e depois partir, já
que o voo também sairia tarde. Não sei descrever o percurso que fizemos, porque era um
troca-troca de metrô que me deixou confuso. :x
No ônibus para guarulhos também
conversamos muito sobre a situação do parkour em São Paulo o que me trouxe
várias reflexões sobre organização, eventos, aulas, grupos...e eu pensando
que salvador era complicado..
Aproveitar para deixar um
agradecimento a dk pela atenção e por me receber em sua casa, valeu por tudo!
Depois ainda deu tempo de passar numa festinha da amiga dele e depois um
amigo dele me deu uma carona até o aeroporto. Cheguei em casa umas 3 da manhã e
desmaiei.'-'
O mais marcante dessa viagem, mais do que o treino em si, foi viver aquele clima de amizade e brincadeira que são cada vez mais raros no cotidiano. O ambiente descontraído, a interação, as risadas, os treinos - cada momento teve seu ar especial. Algumas pessoas, pela mútua facilidade em que nos conhecemos, já parecem velhos amigos, pessoas que já tornaram-se importantes para mim. A virada foi como um daqueles momentos que lembram a gente sobre o quão vale a pena viver, renovar-se, mudar e abrir-se a novas pessoas e ideias.Tudo essa experiência me mostrou que o Parkour vai muito além do que se imagina.
Por fim, fui embora fisicamente cansado, mas muito mais renovado e forte.
Por fim, fui embora fisicamente cansado, mas muito mais renovado e forte.
Agradeço francamente a cada um de vocês que fizeram desse evento um fim de semana incrível!
Abraços e até a próxima!
Tartaruga - Chamel - PC - Ísis - Maik - Kinesis Filipe - Eu |
3 comentários:
Que invejaaaa! Deviam proibir posts assim falando de eventos que os outros não foram.
Poxa, queria ter ido. Na verdade se eu pudesse vivia viajando, kkkkkkkk. Muito bom o texto, repassa realmente a questão que você comentou no final da amizade e dos momentos que temos com pessoas legais.
"Eita que é um bicho grande viu, até então nunca havia andado de metrô. É meio estranho, fica aquele silêncio, só o barulho dos trilhos, junto com muita gente diversa."
Sou doido de curioso pra ver saporra. Hahahaha
", Negão! Há muito tempo que não o via e, de repente, ele surgiu do meu lado, com aquele jeito descontraído e bem-humorado dele."
Como sempre chegou "Chegando", do jeito dele..hahaha! O saudades da peste de cabra =/.
"Paulo o que me trouxe várias reflexões sobre organização, eventos, aulas, grupos...e eu pensando que salvador era complicado..."
Esta vendo hahaha...Salvador não é esse bicho de sete cabeças rapaz.. =P. Temos que conversar mais sobre... ^^
Muito foda. Não tive a oportunidade de ir nesse este evento foda.
Mas esta postagem me fez sentir pelo menos um pouco de como foi a emoção de você estar presente nele.
Boa moleque \o.
Que venham mais experiencias e viagens.
"Frio do inferno foi ótimo"
Gosto de viajar em textos e principalmente em textos de viagem, enxe meu coração de alegria!
Bom texto Gu!
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