Essa pergunta "Pra que serve" realmente faz sentido?
Você já se perguntou pra que serve a música, a dança, a pintura, o vôlei, o yôga, o futebol, a natação?
"Pra que serve" é uma pergunta que vincula-se ao objetivo, utilidade: pra que poha eu iria saltar muro, tocar piano, meditar durante 3 horas ou correr nu em jaguaribe?
É sempre uma tentativa de justificar alguma coisa ou ação de modo racional, de buscar dar satisfação a alguém ou a nós mesmos. Assim, ao nos restringir apenas para o objetivo, esquecemos do desenvolvimento - do “ser presente” - e nos perdemos em meio a razões contraditórias. Armamos a fuga do próprio parkour e, às vezes, até de nós mesmos.
De modo didático, entretanto, alguns benefícios podem ser listados:
- Deixar o corpo em boa forma física.
- Aumentar o controle corporal e mental: observar as reações do corpo e revelar medos, ansiedades e outros aspectos de nossa personalidade.
- Autoconhecimento
- Conhecer outros ambientes e pessoas
- Por passatempo
- Por simplesmente sentir-se bem
- Quebrar automatismos e usar o ambiente de uma maneira autônoma
- Ser útil em uma situação de emergência (nunca conheci alguém que tenha esse objetivo)
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E infinitos outros.
Ou até sem objetivo específico ainda. Temos que ser coerentes sempre?
E sabe o que a gente percebe? Que muitos desses objetivos podem ser encontrados em outros esportes e práticas.
O parkour não tem um objetivo exclusivo, mas é único enquanto prática, isto é: enquanto " o fazemos", no seu desenvolvimento e não nos fins.
Escolher Parkour foi uma questão pessoal, do momento, adequação, semelhança. Escolhemos estar ali a partir das circunstâncias em que estávamos.
Assim, "pra que serve" é uma pergunta desvinculada da prática em si, que não olha para o que ela "é" ou "para o que somos nela".
Sabe de uma?
Parkour é um fim em si mesmo.
O resto é consequência.
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